O técnico Geninho ainda não definiu oficialmente o time para encarar o importantíssimo clássico diante do Paraná, amanhã à tarde, na Arena. A escalação está em sua cabeça e, provavelmente, será divulgada somente antes do confronto.
Para despistar, o comandante disse que não descarta nenhuma mudança. E nisso ele tem razão, porque há opções e o time não está rendendo o que pode. Hoje, o treinador realiza o último treinamento no CT do Caju e deverá fazer as observações derradeiras.
Além da possibilidade de manter quase todo o time que sofreu para vencer o Nacional, o comandante rubro-negro conta com algumas alternativas interessantes.
Dentre elas está a manutenção de Gustavo na zaga com o retorno de Chico ao meio-campo, como segundo volante. Gustavo mostrou segurança nos dois últimos jogos e Chico teve boa atuação em Natal, pela Copa do Brasil, em sua posição original. Caso mantenha os volantes da partida passada, Jairo e Fransergio permanecem como titulares.
Com a possível ausência de Marcinho, abre-se vaga para um companheiro de ataque para Rafael Moura. E é nesse posicionamento que Geninho definirá o rendimento de sua equipe no clássico. Se mantiver Rafael centralizado, como único atacante de ofício, esperando a chegada dos jogadores de meio-campo, o leque de alternativas aumenta.
Conforme o treinador, o atleta com características mais parecidas com Marcinho é Wesley, o jovem ex-santista que ainda não demonstrou bom futebol. Há também as opções de Júlio César, que treinou como titular ontem, e Wallyson. E há outra, pouco cogitada, mas que pode solucionar uma “pendência” no Atlético.
O deslocamento de Netinho para o meio, em lugar de Marcinho, chegando à frente como se consagrou no Náutico. Com essa formatação, a camisa 6 cairia nas mãos de um ala de ofício, Márcio Azevedo ou do garoto Alex Sandro – e Netinho permaneceria como titular auxiliando o time, principalmente nas cobranças de bola parada e sem se preocupar tanto com a marcação, ponto vulnerável do atleta.
Sobre essa opção, Geninho comentou: “Netinho e Marcinho fazem funções um pouco diferentes e em lados diferentes. Mas nada é descartado numa eventual necessidade. É mais uma possibilidade”, analisou.
O Paraná-Online questionou Netinho se não seria o momento do jogador pedir para jogar no meio, especialmente numa posição que desempenhou bem no Timbu.
“Vontade não falta, mas tem outros jogadores também com competência para jogar no meio e cabe ao Geninho escolher. Seria ruim eu chegar e pedir. Isso é o treinador que tem que ver. Hoje já estou adaptado na ala e onde ele me colocar, vou procurar fazer o meu melhor e ajudar o Atlético”, afirmou Netinho, que passa por uma fase de contestação perante a torcida, mas que é o atleta com maior número de assistências para gols na equipe.