Batalha

Atlético mostra raça e vence o Cruzeiro por 1 a 0 na Arena

Um sentimento que misturava alívio e alegria tomou conta dos jogadores e torcedores rubro-negros ontem à noite na Arena assim que o árbitro apitou o final da partida.

E não era pra menos pois, mesmo vivendo um momento adverso, o Atlético acabava de vencer o Cruzeiro, um dos times mais fortes e entrosados do campeonato, por 1 a 0. A vitória foi suada e teve um significado muito mais amplo do que apenas somar os três pontos e subir na tabela de classificação.

Ela demonstrou que o time atleticano tem espírito de superação e condições de se manter na elite do futebol brasileiro. Para isso basta jogar as rodadas seguintes como quer a torcida e manda a cartilha rubro-negra: com raça e dedicação.

O resultado amenizou um pouco a situação caótica do Atlético no campeonato, pois há cinco rodadas o elenco não sabia o que era vencer. Com o término da 31.ª rodada, o Furacão permanece na 18.ª posição, mas apenas um ponto do primeiro clube fora da zona de rebaixamento.

Mas a euforia será passageira porque amanhã o time inicia os preparativos para mais uma batalha. Na próxima quinta, o Atlético encara o Vasco, em São Januário, num confronto de 6 pontos.

Jogo

Empurrado pelo grito do torcedor e debaixo de muita chuva, o Atlético – mais uma vez totalmente modificado -entrou em campo e logo nos primeiros minutos sentiu a dificuldade que é enfrentar a Raposa.

O time mineiro, com toques rápidos, envolveu o Furacão e ameaçou o gol defendido por Galatto em arremates de Thiago Ribeiro e Ramires. A equipe rubro-negra só conseguiu equilibrar a partida a partir dos 19 minutos quando o zagueiro Thiago Heleno fez falta em Geílson e, como era o último homem, foi expulso.

Na cobrança de infração, Netinho quase abriu o placar. Porém, com um jogador a mais, ao invés do Atlético crescer em campo, começou a desintegrar. O campo pesado, por causa da chuva, fez duas vítimas: Geílson e Renan.

Os dois foram substituídos aos 30 minutos reclamando de dores musculares e deram lugar a Pedro Oldoni e Gabriel Pimba. Com essa nova formação, o Atlético até que tentou criar algumas jogadas, mas a ansiedade atrapalhou. O Cruzeiro, por sua vez, parou de ter a iniciativa em razão de atuar com um a menos e isso deixou a partida meio sonolenta.

Na etapa complementar o Atlético empurrou o Cruzeiro para o seu campo e conseguiu o que pretendia. Aos 8 minutos, Netinho bateu falta e Antônio Carlos cabeceou.

Fábio deu rebote e He-Man só complementou para o fundo das redes. Depois do gol, virou final de copa do mundo para o Atlético. Muita marcação e excessos de cartões amarelos.

E isso teve suas conseqüências. Aos 31, Rafael Moura foi expulso e o Cruzeiro, com sua melhor técnica, foi pra cima. Os 15 minutos finais foram de muita apreensão para a torcida, mas o time soube se portar bem e administrou o resultado até o final.Campeonato Brasileiro
2º Turno – 31ª Rodada

Atlético 1×0 Cruzeiro

Atlético

Galatto; Gustavo Lazareti, Antônio Carlos e Rafael Santos; Rodriguinho (Julio dos Santos), Valencia, Renan (Gabriel Pimba), Ferreira e Netinho; Geílson (Pedro Oldoni) e Rafael Moura.
Técnico: Geninho

Cruzeiro
Fábio, Jonathan (Vanderlei), Thiago Heleno, Espinoza e Carlinhos (Léo Fortunato); Marquinhos Paraná, Henrique, Ramirez e Fernandinho; Thiago Ribeiro (Wagner) e Guilherme.
Técnico: Adilson Batista

Súmula

Local: Joaquim Américo
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (FIFA-SP)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (FIFA-SP) e Nilson de Souza Monção (SP)
Gol: Rafael Moura 8 do 2º
Cartões amarelos: Pedro Oldoni, Rafael Moura, Ferr,eira, Antônio Carlos, Gustavo (CAP); Espinoza, Ramirez, Henrique (CRU)
Cartões vermelhos: Thiago Heleno e Rafael Moura
Renda: R$ 237.840,00
Público: 17.303 (15.908 pagantes)